A Mediateca de Sendai é uma proposta para arquitetura com uma nova visão sobre o programa. Este projeto foi concluído em agosto de 2000, aproximadamente cinco anos e meio depois da abertura do concurso na cidade de Sendai em 1995.
Este equipamento contém uma galeria de arte, biblioteca, centro visual de imagem e um centro de serviço para pessoas com problemas visuais e auditivos. Do início do concurso até o processo inicial de projeto, nosso principal objetivo foi destruir os arquétipos convencionais como museus de arte e biblioteca; cuidadosamente analisamos cada programa, eventualmente recompondo-os para criar a “midiateca”. Portanto, as plantas básicas foram desenvolvidas através de consultas com especialistas de vários campos e através da consideração da troca de opiniões com os cidadãos de Sendai.
Como as discussões são intermináveis, a flexibilidade é necessária no “hardware” da arquitetura para que seja possível responder a qualquer ampliação ou acomodação de algum programa no futuro. Não mudamos nossa ideia inicial desde o concurso de uma arquitetura não-formalista, nossa proposta conceitual, apesar de simples, consiste em três elementos básicos: “chapa”, “tubo” e “pele”.
A “midiateca”, formada por esses três componentes principais, funcionará como um espaço para unificar o corpo humano primitivo ligado à natureza com o volume que é parte do fluido mundo eletrônico.
Este projeto levou seis anos para ser concluído e foi eventualmente aberto no final de janeiro de 2001 como um símbolo de espaço público para os cidadãos de Sendai. Com uma atmosfera vigorante como uma praça urbana, hoje atrai mais de 4000 pessoas todos os dias.
Texto original em inglês: Toyo Ito